Praça do Rossio
- Nádia Sanchez
- 22 de jun. de 2018
- 2 min de leitura

A Praça D. Pedro IV, conhecida pelos portugueses por Rossio, é o coração da região da Baixa Pombalina e um dos locais mais vibrantes de Lisboa. Todos os caminhos levam a ela, e por definição, o termo rossio significa “lugar espaçoso, praça larga, local de afluência e convívio de pessoas”. E é assim que esta praça apresenta-se: um mar de turistas, locais e imigrantes, onde se realizam feiras, comércio de diferentes produtos, manifestações populares ou apenas contemplação.
História
Como hoje, no passado a praça foi um espaço de grande movimentação de pessoas, em eventos típicos à época, como touradas, feiras, paradas militares e festas populares. Mas ali também foi o palco de autos-de-fé durante a Inquisição e execuções capitais, com pessoas decapitadas ou queimadas vivas.
O que hoje é a Praça D. Pedro IV já foi chamado de Valverde, sendo sua área banhada por um dos afluentes do Rio Tejo, afluente esse que foi canalizado ainda no século XV. Na mesma época foram construídos diversos edifícios em torno do local, como o Hospital Real de Todos os Santos e o Convento de São Domingos de Lisboa, ambos destruídos num terremoto em 1531 e depois reedificados.

Mas a praça seria praticamente destruída durante o grande terremoto de 1755, tomando a forma que conhecemos hoje após 1846, com a construção do Teatro Nacional D. Maria II. A partir daí, a praça foi reestruturada em formato retangular, foram plantadas árvores, colocadas fontes e pavimentada com mosaico português em padrões ondulantes.
Ali também ficavam os célebres botequins do Nicola e das Parras, onde personalidades da literatura local, como Manuel Maria Barbosa du Bocage, costumavam se reunir e compor suas obras.

Estátua de D. Pedro IV
No centro da praça, localiza-se a estátua de D. Pedro IV, vigésimo oitavo rei de Portugal e primeiro imperador no Brasil (chamado, no Brasil, de D. Pedro I).
A estátua tem 27,5 metros de altura e é feita de bronze, sobre base de granito e pedestal de mármore. Na base, as quatro figuras femininas são alegorias à Justiça, Prudência, Fortaleza e Moderação, qualidades atribuídas ao rei, e são entrelaçadas por 16 escudos das principais cidades de Portugal.
Teatro Nacional D. Maria II
O teatro tem esse nome por ter sido inaugurado em 13 de abril de 1846, durante as comemorações do 27º aniversário de D. Maria II (filha de D. Pedro IV, rainha de Portugal de 1826 a 1828 e de 1834 até sua morte). Em 1910 passou a chamar-se Teatro Nacional de Almeida Garrett, regressando ao nome original no ano de 1939.
De arquitetura neoclássica, foi construído sobre os escombros do Palácio dos Estaus, antiga sede da Inquisição Portuguesa.
Em 1964, o teatro teve todo seu interior e cobertura destruídos em um grande incêndio, sendo totalmente reconstruído em seu estilo original e reabrindo as portas em 1978.
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