A Praça do Comércio

Começo este post com uma dica: inicie seu passeio por aqui! A Praça do Comércio, localizada na região da Baixa de Lisboa, é imponente: tem cerca de 36.000 m², o que a torna uma das maiores praças da Europa. Possui três grandes blocos de edifícios iguais, dispostos em forma de U, e uma ala aberta sobre a paisagem do rio Tejo - a vista para o rio é fabulosa!

Na parte norte da praça está localizado o Arco da Rua Augusta, arco triunfal que dá início à principal rua de comércio da cidade, concebido durante a reconstrução do local, após o terremoto de 1755. É possível subir ao topo do arco e ter acesso a uma belíssima vista.

No centro da praça, vemos a estátua equestre de D. José I, rei na época do grande terremoto de 1755.

Caminhando em direção ao rio, encontramos o Cais das Colunas com seus degraus em mármore, por onde, no passado, foram recebidos chefes de estado e outras figuras importantes (sente-se nos degraus para contemplar a paisagem).

História

A Praça do Comércio era o centro da vida dos lisboetas e a principal saída da cidade para o mar. Em 1511, o rei D. Manuel I transferiu a sua residência do Paço da Alcáçova, no Castelo de São Jorge, para o Paço da Ribeira, construído ali por determinação do próprio rei - daí o local ser chamado Terreiro do Paço.

O Paço da Ribeira (e sua biblioteca com mais de 70.000 volumes, centenas de obras de arte e documentos importantes como cartas do descobrimento do Brasil) foi completamente destruído pelo grande terremoto de 1755.

A reconstrução da praça (batizada como Praça do Comércio, em substituição ao antigo Terreiro do Paço) deu-se sob o governo do Marquês de Pombal, primeiro-ministro na época. No projeto de reconstrução, de traçado retangular, são definidas três ruas principais que articulam duas praças: Terreiro do Paço e Rossio.

A 1 de fevereiro de 1908, o rei D. Carlos e seu filho, o Príncipe Real D. Luís Felipe, foram assassinados quando passavam pela praça, evento dramático que marcou o fim da monarquia em Portugal – dois anos depois, a 5 de outubro de 1910, foi proclamada a República.

Instalados hoje na Praça do Comércio, o que faz do local um dos centros políticos de Postugal, estão alguns dos principais ministérios do país, como o Ministério das Finanças, da Justiça, da Agricultura e da Defesa.

Num dos edifícios da praça encontra-se o café Martinho da Arcada, um dos preferidos de Fernando Pessoa, que o utilizava como escritório de fim de tarde, onde escrevia e se encontrava com os amigos mais íntimos.

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